sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Modern Family faz um "selfie episode"



Esta semana foi ao ar nos EUA o episódio Connection Lost, da aclamada comédia Modern Family, filmado inteiramente com iPhones, iPads, e Macbooks. É a primeira vez que alguém faz isso na TV e o mais interessante é que, para além de ser uma mirabolice estética, havia uma justificativa narrativa para isso.

Durante o episódio, Claire está no aeroporto e se comunica com sua família através do Facetime além de rastrear sua filha Haley que desaparecera no dia anterior, enquanto faz compras e lê seus emails. O making of você pode assistir nesse vídeo abaixo do post.

Há cinco anos consecutivos ganhando o Emmy de melhor série de comédia, Modern Family mostra que, mesmo depois de 6 temporadas ainda tem muito para inovar. Para mim, foi a primeira série depois de The Office que soube utilizar o modelo de mockumentary

O Netflix tem 4 temporadas. Vale a pena assistir.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Conteúdo, Tendência e Zeitgeist

Não é difícil percebermos padrões em filmes e séries de tv lançados na mesma época. Quem não lembra da fase "vampiros", com filme após filme - talvez o mais popular sendo os da série Crepúsculo - aparecendo nas telonas e nas telinhas?

É um fenômeno interessante, que faz nós nos perguntarmos: as séries de TV estão refletindo valores e demandas do público? Ou é a própria indústria do entretenimento que cria tendências? Talvez um pouco dos dois - o tal do zeitgeist, o espírito do tempo. Idéias flutuam no ar como ondas, às vezes vêm de dentro de nossas cabeças, mas às vezes as captamos como antenas. Essa reflexão Matthew-McConaugheysiana com vibes de True Detective foi só um preâmbulo muito pseudo-profundo para apresentar-lhes o seguinte!!!





Todo ano, o mercado do entretenimento aqui* dos EUA entra em frenesi. É a chamada "pilot season", a temporada aonde os canais encomendam (ou não) pilotos de séries que têm potencial para serem desenvolvidas. Esse não é o fim do processo: muitos pilotos produzidos - a maioria, na verdade- não vira série. Mas, por sermos produtores de conteúdo, achamos importantes pelas razões enumeradas acima (vide preâmbulo pseudo-profundo) estarmos de olho no que tem chamado a atenção dos tomadores de decisão.

Família, como vemos, está em alta. Séries cômicas de meia-hora centradas em família foram o grande destaque da temporada. Vale lembrar que Modern Family está em sua enésima temporada, e continua sendo um sucesso. A recém-lançada série Fresh Off The Boat, sobre uma família de asiáticos que se muda para os EUA, já é sucesso de público de de crítica.

Séries policiais não surpreendem, mas vale notar a popularidade de shows biográficos. Será que se trata do novo fenômeno de reciclagem de conteúdo, já visto nos cinemas, e já tratado aqui no blog?



sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Academia Internacional do Cinema no Rio!


Já falamos aqui que o desenvolvimento é um dos gargalos da nossa indústria audiovisual. Por dois principais motivos: falta de investimento e qualificação profissional.

 Em relação ao segundo, estamos vendo várias propostas interessantes sendo concretizadas. A mais nova delas é a abertura de um Academia Internacional do Cinema no Rio de Janeiro. A escola tem 10 anos de atividades e, depois de um breve período em Curitiba, mudou-se para SP. De lá para cá, já foram mais de 2000 filmes realizados pelos alunos.


Um grande diferencial da AIC é o seu currículo. Os cursos são pensados de forma consistente e mantém um padrão independente do professor que estiver ministrando as aulas. Isso, na minha opinião, é essencial para uma instituição que está se propondo a formar profissionais.

A unidade do Rio de Janeiro está oferecendo diversos cursos, com diferentes durações. Existem várias opções para o setor de desenvolvimento, mas também tem de direção, direção de arte, produção. Enfim, se você está procurando se qualificar vale dar uma olhada.

E aproveitando para fazer uma campanha publicitária pessoal, a partir do dia 16 de março, vou estar ministrando o curso de Roteiro para TV. Essa primeira turma já está fechada, mas você pode se inscrever na lista de espera da próxima!


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

50 Tons de Cinza - quebrando recordes (e alguns tabus no caminho!)

Essa semana, coincidindo com o Valentine's Day, o equivalente ao nosso Dia dos Namorados, foi o lançamento do antecipado filme "50 Tons de Cinza", adaptação do livro do mesmo nome.



O filme quebrou recordes internacionais, ao ter a bilheteria mundial acumulada em U$240 milhões após o final de semana de estréia, além de outros U$90 milhões apenas nos EUA.

Para quem não sabe (quem não sabe?), o livro e o filme são bastante eróticos, e exploram o mundo do BDSM - ou, Bondage, Dominação, Submissão e Masoquismo.

Mas porque a Ponto e Vírgula se importa com mais uma franquia hollywoodiana que, convenhamos, não faz sucesso por causa de seus personagens complexos e história complexa e bem contada?

Por causa da história por trás do surgimento desse fenômeno. "50 Tons", caros Ponto-e-Virgulianos, só existe por causa da internet. Expliquemos.

Há tempos já existe o fenômeno do fan fiction- histórias criadas por fãs de determinadas obras, e espalhadas entre os próprios fãs. Fan Fiction já existia antes da Internet graças aos dedicados fãs de StarTrek - vale dar uma lida na página sobre Fan Fiction on Wikipedia - mas, como era de se esperar, explodiu com a popularização da Rede.

Pois é, "50 Tons" surgiu, originalmente, como fan fiction de outra franquia mega ultra popular, a série Crepúsculo. As histórias da autora E.L. James ficaram tão populares entre os fãs da saga sobre vampiros e lobisomens que ela decidiu lançar um produto próprio. Nasce, assim, a saga erótica do "50 Tons".

É a mágica do conteúdo. Conteúdo original gera conteúdo adaptado que, por sua vez, passa a ser original e depois é adaptado pelo cinema.

Falem o que quiser do filme, mas o fato é que estamos na era da democratização do conteúdo e nós, da Ponto e Vírgula Idéias Manufaturadas, não poderíamos estar mais felizes com o fenômeno.

Boa semana, pessoal!!


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Por que escrever mesmo sem saber se vai ser filmado?

O blog Ficção em Tópicos publicou uma tradução livre de trechos de uma entrevista do Big Think na qual Robert Mckee fala sobre a importância de escrever, mesmo que não se tenha certeza de que o texto vá ser filmado (ou publicado).

O link da tradução está aqui.

Abaixo você pode ver o vídeo original completo com uma hora de duração.



segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Adeus, Parenthood! Você fará falta!

Esse post será um pouco diferente.

Nós, da Ponto e Vírgula, somos produtores de conteúdo. A idéia de abrir a empresa veio, justamente, do amor que os sócios têm por séries, webseries, filmes, etc. Nunca deixamos de nos surpreender como boas histórias e personagens tri-dimensionais causam impacto no espectador.

Um exemplo é a série americana Parenthood. A série acompanhou, nos últimos seis anos, as vidas de quatro irmãos da Família Braverman, uma família, como nós no Brasil conhecemos bem, unida e complexa.

A série chegou ao fim na quinta-feira passada e deixou um vazio em nossos corações apaixonados por bom storytelling.

Por isso, fica aqui a nossa singela homenagem a essa série inesquecível. E, também, uma recomendação àqueles que gostam não gostam de esperar o próximo episódio, já que a série já se encontra concluída.



Ficamos no aguardo de novas histórias singelas e simples, como as de Parenthood. Até logo, Família Braverman!