quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Franquias



Essa semana foi marcada por diversas notícias referentes a remakes, reboots, e adaptações de franquias que todos nós conhecemos.

O site Deadline lançou um rumor de que Chris Pratt é o favorito para estrelar um reboot de Indiana Jones, produzido pela Disney. Já o Hollywood Reporter garantiu que o elenco principal para Ghostbusters está fechado. O quarteto caçador de fantasmas será agora composto por mulheres. O mesmo site afirmou que a Fox planeja lançar uma série live action de X-men. Outra novidade que deveremos ver em breve nas telas de cinema é um longa metragem de Os Jetsons.

Não é novo o fato de Hollywood buscar em conteúdos já conhecidos a fonte para novos lançamentos. Aqui neste link você pode conferir 19 filmes que tiveram arrecadações bilionárias. A maioria é composta por franquias que já eram conhecidas antes dos filmes serem lançados.

Mas, para mim, o destaque da lista é o primeiro colocado: Avatar. Um universo totalmente novo, sobre o qual ninguém nunca tinha ouvido falar. Isso mostra a vontade de público de conhecer coisas novas e viver experiências diferentes.

Recriar e perpetuar franquias é um negócio seguro para os produtores. Ainda falta isso aqui no mercado nacional. Mas é bom lembrar que a maior bilheteria tupiniquim de todos os tempos é de Tropa de Elite 2. Tropa de Elite fez um bom público e sua sequência se apoiou em seu sucesso melhorando os números.

Na época do lançamento, a quantidade de produtos associados ao filme que foram vendidos foi absurda. Com um grave problema: nenhum era um produto oficial.

Eu já ouvi alguém dizer que o produtor nacional de audiovisual não se planeja para o sucesso. É uma afirmação cruel, embora carregue um pouco de verdade. Mesmo que não seja uma prioridade planejar ações transmídia que fortaleçam a franquia a ser lançada, os complicados meios de produção não ajudam o produtor a pensar em seu conteúdo de forma mais ampla. Por outro lado, poucos produtores encaram a atividade como um negócio sério, assumindo atitudes que envolvem riscos.

A boa notícia é que a entrada dos canais de TV na balança do nosso mercado (forçada pela lei das cotas) está contribuindo para que o conteúdo audiovisual seja pensado a longo prazo, já que trabalha-se com a ideia de temporadas, e assim ganhe qualidade. Esperamos que o futuro seja tão promissor quanto parece.




segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A Forma de Assistir TV Mudou. A Forma de Produzir, também.

Já falamos aqui no blog sobre como a tecnologia mudou a forma de assistirmos televisão. Esse artigo mostra como isso já afeta a forma como os canais e os estúdios encomendam novas temporadas.

O artigo mostra que, ao invés de grandes lançamentos de séries novas, muitos canais estão apostando em jogos de marketing mais à longo prazo e sutis, contando com o boca-a-boca, redes sociais, etc. A consequência é que várias séries, mesmo algumas que, inicialmente possam não ter um número de espectadores tão grande assim, estão ganhando segundas temporadas.

De novo, é a tecnologia mudando não só a forma como consumimos conteúdo, mas como também o produzimos.

Vale a leitura. Por ora, só em inglês! Aqui.


quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Quem riu? As 6 maiores bilheterias nacionais de 2014




A Ancine publicou um informe preliminar com os números do cinema nacional no ano de 2014. Nele há diversos números interessantes.

O primeiro deles diz respeito à bilheteria total do cinema nacional. Ela sofreu uma queda de 32% em número de ingressos vendidos. Em 2013 registramos um recorde de 27,8 milhões e ano passado a marca atingiu apenas 19 milhões.

Sinceramente, não sei se a queda foi tão grande quanto os números sugerem. Ano passado teve Copa e eleições. Quem não lembra? Isso com certeza afeta um pouco a cota de "conteúdo nacional" que o público está disposto a consumir. Mas o fato é que os filmes estrangeiros reverteram o movimento de queda que apresentaram em 2013.

Entretanto, houve crescimento no parque exibidor, com a abertura de 182 novas salas. Esse é um dos tais gargalos da nossa indústria. Vamos esperar que essa tendência continue.

E agora... ao conteúdo. Os 6 filmes nacionais que ultrapassaram a barreira de 1.000.000 de espectadores são comédias! São eles:

- Até que a sorte nos separe 2
- O candidato honesto
- Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou
- S.O.S mulheres ao mar
- Muita calma nessa hora 2

Isso pode significar um monte de coisas. Pode ser que a cultura televisiva do brasileiro acabe transbordando para as salas de cinema tornando o filme cômico mas bem aceito para a maioria. Ou então, por serem filmes com um custo de produção menor, a produtora pode investir mais em outras áreas fundamentais que, em geral, são deixadas de lado aqui no Brasil como casting, desenvolvimento (ok, vai sonhando) e lançamento.

Interessante é notar a colocação de 2 continuações na lista, bem como a presença de uma franquia gerada a partir de um livro que fez grande sucesso de vendas. O mercado esse ano mostrou que foi melhor quem ousou menos, sem demérito nenhum. Pelo contrário, para mim, apostar em franquias também faz parte da maturidade da indústria.

Fato é que no Brasil fazer os outros rirem parece ser um bom negócio. Pelo menos no cinema. Para ver os números completos acesse o link.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Better Call Saul e Conteúdo Original na TV



Dia 09 de Fevereiro estréia, nos EUA, a série Better Call Saul. Você pode conferir o trailer aqui:


A série acompanha os casos de Saul Goodman. Se o nome lhe é familiar, é porque ele é o advogado de Walter White e Jesse Pinkman na série queridíssima de todos - inclusive de nós, aqui da Ponto e Vírgula - Breaking Bad. 

Já vínhamos acompanhando, há tempos, a popularidade de adaptações de outras obras em filmes. Adaptações, vale notar, não só de livros, mas de quadrinhos, brinquedos de parque temáticos, parques temáticos, e... outros filmes. Essas obras apostam na popularidade pré-existente de outros conceitos, para minimizar o risco de fracassos financeiros no imprevisível mercado audio-visual.

Não é de agora que a televisão faz algo parecido. Inclusive, o conceito de spin-offs, séries que acompanham personagens minoritários após o fim do seriado original (Frasier, um spin-off de Cheers, talvez seja o exemplo mais notório), apareceu, originalmente, na TV. Mas de uns tempos para cá, parece que a mania está migrando para a televisão.

Séries populares, como The Walking Dead e Game of Thrones, para citar alguns exemplos, são baseadas em obras escritas. Séries como Arquivo-X e Twin Peaks ganharão versões atualizadas em breve.

Estamos vendo na TV o mesmo fenômeno. A explicação não-científica que a Ponto e Vírgula tem?

A Internet. Mais especificamente, as novas plataformas para exibição de conteúdo que a Internet oferece. Com o aumento de plataformas independentes criando conteúdo de qualidade (Transparent, série da Amazon, acaba de ganhar o Globo de Ouro), a televisão tradicional está apelando para produtos com maior garantia de sucesso.

Uma pena: podemos ver claramente como a televisão conta ótimas histórias originais. Sopranos, Mad Men, e até Breaking Bad. Por que não inovar mais para competir com as novas plataformas, ao invés de inovar menos?

Nós, da Ponto e Vírgula Idéias Manufaturadas, achamos que sempre vale INOVAR MAIS.

Boa semana a todos!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

[G1] Woody Allen vai escrever série para Amazon




"Eu não sei como entrei nessa. Não tenho idéias e não tenho certeza por onde vou começar. Meu palpite é que Roy Price se arrependerá disso."

A série não tem nome, nem data, nem tema definidos. Mas é mais nome de peso do cinema apostando  em canais de streaming via internet.

Leia a notícia aqui.