sexta-feira, 26 de junho de 2015
Os 100 maiores personagens do cinema
A revista Empire divulgou uma lista com os 100 maiores personagens do cinema, segundo a publicação.
Pode parecer fácil, mas eu aposto que a lista não vai agradar a todo mundo. Você pode conferir o resultado aqui.
Eu curti o último colocado: Martin Riggs, o problemático e engraçado policial interpretado por Mel Gibson em Máquina Mortífera. Um clássico.
sexta-feira, 29 de maio de 2015
Netflix em Cannes: "Não somos anticinema, somos pró-filmes".
Um dos momentos mais aguardados do Festival de Cannes esse ano era a apresentação de Ted Sarandos, chefe de conteúdo do Netflix. Sarados comentou sobre o investimento que a empresa está fazendo em filmes, entre eles um estrelado por Adam Sandler a a sequência de O Tigre e o Dragão, com valores entre 10 e 50 milhões de dólares.
Entretanto, nem todos serão lançados na tela grande. O filme com Sandler, por exemplo, vai direto para o catálogo do Netflix. Quando a apresentação foi aberta para perguntas instaurou-se um clima de tensão. Você pode ler a reportagem completa do site Filme B neste link.
De fato, o modelo do Netflix já revolucionou a forma como se consome conteúdo. A briga entre as diversas janelas de exibição só vai ser resolvida com os exibidores perceberem as outras telas não como concorrentes, mas como complementares. Até lá vai ser uma queda de braço das boas.
E para lembrar, abaixo o vídeo onde Kevin Spacey fala da urgência em entregar aos espectadores o controle.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Cannes 2015: Lista de Ganhadores
O Festival de Cannes é uma boa janela de filmes que vão estar na boca do público nos meses vindouros.
O não é necessariamente uma janela para o Oscar. Cannes foca mais em filmes "queridos de crítica",e já premiou com o seu Palm D'or clássicos como Pulp Fiction (que perdeu o Oscar para Forest Gump) e Apocalipse Now (que perdeu para Kramer x Kramer).
Vale conferir os ganhadores, aqui:
http://www.festival-cannes.fr/pt/archives/awardCompetition.html
O Palm D'or desse desse ano foi para o francês Dheepan , que conta a saga de um refugiado do Sri Lanka.
O não é necessariamente uma janela para o Oscar. Cannes foca mais em filmes "queridos de crítica",e já premiou com o seu Palm D'or clássicos como Pulp Fiction (que perdeu o Oscar para Forest Gump) e Apocalipse Now (que perdeu para Kramer x Kramer).
Vale conferir os ganhadores, aqui:
http://www.festival-cannes.fr/pt/archives/awardCompetition.html
O Palm D'or desse desse ano foi para o francês Dheepan , que conta a saga de um refugiado do Sri Lanka.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
O fracasso de bilheteria que virou franquia: "Pitch Perfect 2"
O filme "Pitch Perfect", com Anna Kendrick e Rebel Wilson, foi lançado em 2012, e não fez grande sucesso nos cinemas.
O filme arrecadou 65 milhões de dólares durante todo o período de exibição. A película acompanha Becca, uma aspirante a produtora musical que acaba participando de um grupo A Capella, e descobrindo no caminho. O filme, com bons números musicais e um humor escrachado mas honesto, ganhou segunda vida quando foi lançado em DVD. Pouco a pouco, virou um sucesso.
O sucesso é tamanho que a continuação, "Pitch Perfect 2", já arrecadou mais no final de semana de estréia do que todo o período de exibição do primeiro. Já são mais de 70 milhões nas bilheterias (comparados aos módicos 5 milhões arrecadados no primeiro final de semana do filme original).
Não é o primeiro filme assim, o chamado "sleeper hit" (filmes que fazem sucesso meses, às vezes anos após serem exibidos pela primeira vez), mas o caso Pitch Perfect é certamente curioso. A continuação não tem a mesma autencidade e inocência do primeiro, mas compensa com boa produção e excelentes números musicais.
O trailer você pode conferir aqui:
O filme arrecadou 65 milhões de dólares durante todo o período de exibição. A película acompanha Becca, uma aspirante a produtora musical que acaba participando de um grupo A Capella, e descobrindo no caminho. O filme, com bons números musicais e um humor escrachado mas honesto, ganhou segunda vida quando foi lançado em DVD. Pouco a pouco, virou um sucesso.
O sucesso é tamanho que a continuação, "Pitch Perfect 2", já arrecadou mais no final de semana de estréia do que todo o período de exibição do primeiro. Já são mais de 70 milhões nas bilheterias (comparados aos módicos 5 milhões arrecadados no primeiro final de semana do filme original).
Não é o primeiro filme assim, o chamado "sleeper hit" (filmes que fazem sucesso meses, às vezes anos após serem exibidos pela primeira vez), mas o caso Pitch Perfect é certamente curioso. A continuação não tem a mesma autencidade e inocência do primeiro, mas compensa com boa produção e excelentes números musicais.
O trailer você pode conferir aqui:
sexta-feira, 15 de maio de 2015
George Lucas revela sua versão do roteiro para o Episódio VII
Recentemente, George Lucas revelou o tom do roteiro que eles escreveu para o Episódio VII de Star Wars e que foi entregue à Disney. O criador da maior franquia do cinema queria que o filme foi protagonizado por adolescente.
Mas parece que a ideia não agradou muito aos executivos da Disney. Michael Arndt (The Little Miss Sunshine e Toy Store 3) foi chamado para a missão. Mas como prazo apertando e a pré-produção para começar, Arndt ainda não tinha um primeiro tratamento. Foi quando J.J. Abrams e Lawrence Kasdan (roteirista de Império Contra Ataca e O Retorno de Jedi) assumiram. Faltavam 6 meses para começar a produção e eles mandaram brasa.
Parece uma escolha acertada juntar o olhar inovador de J.J. Abrams, fã declarado da franquia, com o conhecimento do universo de Kasdan. Para mim (e para a maioria dos fãs) Império Contra Ataca é o melhor filme da série.
Mas a gente só vai saber se funcionou no dia 18 dezembro de 2015... Até lá, que a força esteja conosco!
Documentário Showrunner - The Art of Running a TV Show disponível para download!
No Brasil a palavra é nova. Tanto que ainda nem "abrasileiramos". Mas nos EUA todo mundo sabe a importância fundamental dessa figura para o sucesso das séries de TV. Para simplificar vamos dizer que ele é um misto de criador e produtor. E para complicar, vamos dizer que ele é responsável por todas as etapas da série: roteiro, elenco, coordenação das equipes.
O canal, em geral, compra a idéia do criador. Faz todo sentido que esse criador participe de diversas decisões na produção da série, garantindo que o conteúdo entregue seja coerente com o que o canal comprou.
Aqui no Brasil ainda estamos correndo atrás dessa figura. Em parte porque ainda não temos profissionais preparados para isso. Afinal são funções difíceis de acumular. Por outro lado, o mercado ainda está resistente em dar poder aos criadores. Mas, o conteúdo é rei, certo? Vamos chegar lá.
Quando a HBO deixou que David Chase fizesse as principais escolhas, nós fomos presenteados com Sopranos. A verdade é que a tal Terceira Era de Ouro da TV Americana deve muito a estes dois movimentos: de um lado escritores querendo controlar se conteúdo, do outro canais que estavam dispostos a arriscar.
Roteiristas do Brasil, uní-vos! E estejam preparados para pleitear a função de showrunner. Ninguém vai entregar tanto poder de decisão na mão de alguém que não esteja preparado.
Para conhecer um pouco mais sobre as milhões de funções dessa figura, está disponível para download o documentário Showrunner - The Art of Running a TV Show. Exibido em Cannes e na San Diego Comic-con, o filme conta com a participação de grandes showrunners como J.J. Abrams (Lost), Joss Whedon (Buffy), Kurt Sutter (Sons of Anarchy), Steven S. DeKnight (Spartacus e Demolidor, entre outros.
O filme pode ser alugado (US$ 4,99) ou comprado (US$12,99) no próprio site do filme.
Abaixo você pode assistir ao trailer.
segunda-feira, 11 de maio de 2015
HBO Now: O suficiente para combater a pirataria?
Percebendo a quantidade avassaladora de pessoas que estão optando por não ter TV à cabo, inclusive quem vos escreve, a HBO lançou, recentemente, o serviço HBO Now, uma opção de assinatura só para 'streaming'.
O serviço, por enquanto, se restringe à plataforma da Apple, e pelo preço de U$14.99 mensais, não é um serviço barato.
A tentativa é boa, mas não o suficiente para o canal. Game of Thrones é a série mais pirateada do mundo.
É um problema interessante. A HBO é um canal 'premium'- ou seja, não basta só ter assinatura de TV à cabo, é necessário uma assinatura exclusiva do canal. Mas o que acontece quando um canal premium produz uma série tão popular? Como o canal pode proteger a sua propriedade intelectual sem ferir a popularidade de uma série?
A resposta?
Assim como o Jon Snow, não sabemos.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
Daredevil e Game of Thrones quebrando tudo!
Embora o Netflix não divulgue seus índices de audiência, uma empresa de consultoria arranjou um jeito de calcular a quantidade de acessos ao conteúdo do canal de streaming. De acordo com os estudos, quase 11% dos assinantes do serviço há assistiram a Daredevil. Isso representa cerca de 4,4 milhões de pessoas.
A comédia de Tina Fey para o canal The Unbreakable Kimmy Schmidt foi assistida por 7,3% dos usuários, deixando House of Cards, com Kevin Spacey, para trás.
Na HBO, a audiência dos episódios de Game of Thrones segue estável. O último episódio foi assistido por 6,7 milhões de espectadores em sua estréia.
O primeiro episódio da quinta temporada já acumula mais de 18 milhões de visualizações. A tendência é que esta temporada quebre o recorde da anterior que chegou a 19 milhões de espectadores por episódio.
Para duas empresas que vivem basicamente de assinaturas, tudo parece estar indo muito bem. Seus dois principais produtos acertaram em cheio o gosto da audiência.
Canais com conteúdos poderosos sabem lidar bem com a nova forma de ver TV. Onde o espectador vai atrás do conteúdo onde ele estiver disponibilizado. O movimento da HBO em direção ao HBO NOW mostra que o canal continua fazendo boas análises sobre o que o consumidor quer ver e como ele quer consumir.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
BINGE!! Um tutorial bem-humorado sobre como assistir séries
Nós, Ponto e Virgulianos, somos apaixonados por séries.
E acho que todos os leitores desse blog já tiveram a experiência de se viciar tão completamente numa série a tal ponto que nada mais na vida parece ter significância. Quem já não falou, para si próprio, só mais um episódio, e terminou de ver os cinco que faltavam para acabar a temporada?
Não só isso. A disponibilidade instantânea de temporadas inteiras nos permitem esse tipo de consumo - o chamado 'binge watching'- que significa consumir muito de uma vez só. E isso, às vezes, pode causar um pouco de transtorno.
Por isso, decidimos prestar esse serviço para você, leitor. Está assistindo uma série direito?
Confira aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=JSEEuVlf8vQ
E acho que todos os leitores desse blog já tiveram a experiência de se viciar tão completamente numa série a tal ponto que nada mais na vida parece ter significância. Quem já não falou, para si próprio, só mais um episódio, e terminou de ver os cinco que faltavam para acabar a temporada?
Não só isso. A disponibilidade instantânea de temporadas inteiras nos permitem esse tipo de consumo - o chamado 'binge watching'- que significa consumir muito de uma vez só. E isso, às vezes, pode causar um pouco de transtorno.
Por isso, decidimos prestar esse serviço para você, leitor. Está assistindo uma série direito?
Confira aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=JSEEuVlf8vQ
quinta-feira, 9 de abril de 2015
Universo: The Sopranos X Breaking Bad
The Sopranos e Breaking Bad são as duas maiores séries de TV, nessa que está sendo chamada de a Terceira Era de Ouro da TV. Poucos vão questionar isso.
Mas, se você perguntar para pessoas que assistiram as duas séries qual delas é melhor, é provável que você ouça um longo suspiro antes de uma opinião definitiva. Talvez essa opinião nunca chegue.
Agora que as duas acabaram e já se passou um período que nos permite tomar algum distanciamento, pode ser que pensar sobre elas, se não nos levar a tal veredicto, pelo menos nos faça compreender pontos de semelhança e divergência entre elas.
Resolvi divagar sobre os universos de The Sopranos e Breaking Bad. Em termos de formalidade, as duas são bem parecidas. Ambas, trabalham com dois mundos que se confrontam: a realidade do homem americano médio e a vida obscura no crime.
Embora Tony esteja bem mais familiarizado do que Walter com este ambiente, os dois enfrentam uma série de conflitos cada vez que se aprofundam mais na vida de foras da lei. Além do mais, caminhar entre uma vida criminosa e a rotina comum traz um elemento fundamental para essas séries atuais: um universo onde o personagem tenha grande possibilidade de fazer escolhas erradas. Este é um dos pontos de partida para construir uma história onde a jornada do herói não esteja baseada em sua capacidade de conseguir alcançar seus objetivos, mas na chance de ele tomar um caminho duvidoso.
Tony e Walter são personagens absolutamente diferentes. Isto vale outro post. Mas as premissas dos universos das duas séries também são antagônicas.
Em Breaking Bad, toda atitude tem uma conseqüência. Isso faz sentido já que a Química é um dos principais elementos da série. Toda ação causa uma reação inversa. Em Breaking Bad, deus existe. E não estou falando de um senhor barbudo que resolveu punir Walter por ele ter sido mau. Existe uma questão religiosa na série em termos de moralidade. O certo e o errado existem em Breaking Bad. Walter White precisa fazer uma série de escolhas erradas para se tornar Heisenberg. E ele não vai passar impune por isso. Ele mesmo avisa isso a Skyler na reta final de sua trajetória.
Podemos discutir por horas o porquê de Vince Gilligan ter construído essa dinâmica. Essencialmente, eu acredito que esse movimento faz com que você aceite ver um cara bonzinho e oprimido se tornando um opressor violento. Walter escolhe o tempo inteiro entre o certo e o errado. Eventualmente ele escolhe mais errado do que certo.
Tony Soprano vive um mundo diferente. Na série de David Chase, não existe certo e errado. Por isso você nunca sabe quando as coisas vão se complicar ou quando elas simplesmente vão sumir com o vento. Isso transforma a dinâmica da história em algo imprevisível para o espectador, fazendo com que ele não queira perder um segundo do que está na tela.
Tony é um mafioso, seu pai era um mafioso. Matar alguém não é um problema maior do que lidar com a mãe manipuladora. Tony não precisa escolher entre ser uma pessoa boa (no sentido moral), ou ser uma pessoa ruim. Ele já é ruim. As escolhas de Tony são entre fazer o que é o mais fácil e o que é o mais difícil. Isso também fala direto conosco. Todos os dias nós escolhemos entre, por exemplo, almoçar o mais fácil (um massa com molho bem gorduroso), ou o mais difícil (uma salada fresca e saudável).
Walter White está sujeito a um Deus ex machina constantemente, com o universo respondendo a cada passo que ele dá para ser tornar Heisenberg. Mesmo assim ele escolhe continuar. Não mais porque precisa deixar sua família abastecida de grana depois que ele morrer de câncer. Ele deixa isso bem claro logo na primeira temporada. Ele está fazendo aquilo porque ele quer. Tony Soprano nasceu na Mafia e gosta disso. Tony não precisa escolher se vai fazer o certo o errado. Ele tem que escolher entre o que é melhor para ele e o que pode vir incomoda-lo. Ao longo da série, Tony ignora cada vez mais as reações aos seus atos.
Se em Breaking Bad o diálogo com o espectador vem a partir de uma moral estabelecida onde o bom que se torna mau é punido, em The Sopranos somos tocados por entender que, bom ou mau, somos todos iguais em nossas angústias.
quinta-feira, 2 de abril de 2015
GoT: Novo capítulo de Winds of Winter disponível!
A expectativa para a nova temporada de Game of Thrones é alta! Faltam poucos dias para a estréia na HBO.
Enquanto isso, várias notícias do universo GoT rolaram essa semana. Uma delas diz que George R. R. Martin não vai escrever nenhum roteiro da sexta temporada, assim como não o fez na quinta. Muitos fãs acreditam que isso se deve a Martin estar se dedicando a acabar o próximo livro. Tomara!
No seu twitter, o autor também falou da possibilidade de haver novas séries relacionadas a sua obra, entre elas as aventuras de Dunk & Egg que expandem o universo das Crônicas de Gelo e Fogo.
E para mim, a melhor de todas: Martin liberou mais um capítulo de Winds of Winter, escrito sobre o ponto de vista de Sansa, no Ninho da Águia. Você pode ler aqui.
segunda-feira, 30 de março de 2015
Quando Conteúdo Muda Realidade: Milionário americano confessa crimes em Documentário
Nunca tivemos dúvida do impacto que conteúdo de qualidade pode causar na realidade, mudar o status quo, abalar o zeitgeist.
A história a seguir é prova disso.
Andrew Jarecki já era nome conhecido no mundo dos documentários polêmicos. Diretor do angustiante "Capturing the Friedmans", de 2003, o documentário, que começou como um inocente curta-metragem sobre animadores de festas infantis, acabou revelando práticas sexuais criminosas dentro de uma família um tanto bizarra.
Jarecki, recentemente, voltou como outro documentário arrepiante. "The Jinx", exibido pelo HBO em seis partes, reconta a história de Robert Durst, milionário americano que esteve envolvido em três assassinatos misteriosos, pelos quais nunca foi condenado.
A história da produção da série, por si só, já é interessante. Jarecki dirigiu o docu-drama All Good Things, sobre o desaparecimento da primeira esposa de Durst, Katheryn Durst - cujo corpo até hoje não foi encontrado. Durst, após ver o filme, ligou para o documentarista e disse que queria fazer uma entrevista com ele, a primeira de Durst.
O resultado é espetacular e assustador, e vale cada minuto.
O que é mais interessante, porém, são os eventos ocorridos recentemente, desde que o documentário foi lançado. Em um dos episódios, o documentário mostra a ligação de Durst com o assassinato de sua melhor amiga, até hoje não resolvido. Dias depois da exibição, Durst foi preso, acusado deste assassinato, planejando sua fuga para Cuba.
O Departamento da Polícia de Los Angeles jura que a prisão não teve nada a ver com o timing do documentário, mas não nega que os produtores do The Jinx apresentaram provas não antes encontradas ajudaram no caso. Inclusive, uma confissão um tanto assustadora...
A história a seguir é prova disso.
Andrew Jarecki já era nome conhecido no mundo dos documentários polêmicos. Diretor do angustiante "Capturing the Friedmans", de 2003, o documentário, que começou como um inocente curta-metragem sobre animadores de festas infantis, acabou revelando práticas sexuais criminosas dentro de uma família um tanto bizarra.
Jarecki, recentemente, voltou como outro documentário arrepiante. "The Jinx", exibido pelo HBO em seis partes, reconta a história de Robert Durst, milionário americano que esteve envolvido em três assassinatos misteriosos, pelos quais nunca foi condenado.
A história da produção da série, por si só, já é interessante. Jarecki dirigiu o docu-drama All Good Things, sobre o desaparecimento da primeira esposa de Durst, Katheryn Durst - cujo corpo até hoje não foi encontrado. Durst, após ver o filme, ligou para o documentarista e disse que queria fazer uma entrevista com ele, a primeira de Durst.
O resultado é espetacular e assustador, e vale cada minuto.
O que é mais interessante, porém, são os eventos ocorridos recentemente, desde que o documentário foi lançado. Em um dos episódios, o documentário mostra a ligação de Durst com o assassinato de sua melhor amiga, até hoje não resolvido. Dias depois da exibição, Durst foi preso, acusado deste assassinato, planejando sua fuga para Cuba.
O Departamento da Polícia de Los Angeles jura que a prisão não teve nada a ver com o timing do documentário, mas não nega que os produtores do The Jinx apresentaram provas não antes encontradas ajudaram no caso. Inclusive, uma confissão um tanto assustadora...
sexta-feira, 27 de março de 2015
A verdade está lá fora. X-Files vai voltar!
Os fãs de Arquivo X podem celebrar! A Fox confirmou essa semana que vai produzir uma mini série especial reeditando a dupla do FBI Fox Mulder e Dana Scully. Quem vai comandar a empreitada é o criador da série Chris Carter.
Ainda não há data prevista para a estréia, mas a produção começa a ser rodada no meio do ano. David Duchovny e Gillian Anderson estão ansioso para voltar a trabalhar com Carter. O intervalo de 13 anos (quando foi exibida a última temporada da série original) só faz com que as expectativas cresçam.
Estamos ansiosos para saber quando vamos ver Mulder e Scully juntos novamente!
Você pode ler o artigo completo aqui.
segunda-feira, 23 de março de 2015
É oficial: Game of Thrones, a série, vai acabar antes do livro.
Nós, da Ponto e Vírgula, somos fãs incondicionais da saga Game of Thrones. Tanto a versão literária, As Crônicas de Gelo e Fogo, como a incrível e épica adaptação televisiva.
Quem é fã sabe: George R. R. Martin, o autor da saga, escreve lentamente. Quando a série começou, muitos tiveram medo da série alcançar o livro.
E, caros ponto e virgulinianos, é exatamente isso que vai acontecer.
Os showrunners anunciaram esse pequeno grande detalhe durante a seguinte entrevista.
Alerta: a entrevista dura uma hora e quinze minutos. Para nós, isso parece razoável, mas nem todos têm tempo disponível para gastar mais de uma hora de um dia útil para assistir atores e produtores falando de uma saga política que envolve dragões.
https://www.youtube.com/watch?v=TfvVluNxujc
A reportagem você lê aqui.
Houve muita especulação sobre o que iria acontecer. Muitos previam um "fim falso", aonde a série terminaria diferente do livro.
Mas, pelo jeito, a relação dos showrunners David Benioff e Dan Weiss e George R. R. Martin é uma de extrema confiança. Pois pelo que parece, nada disso de final falso. Agora, tanto os leitores quanto os não-leitores vão ter que assistir a série para saber quem é mãe de Jon Snow (apesar de que todos nós já sabemos).
http://gfycat.com/ShamelessConcreteBullmastiff
Quem é fã sabe: George R. R. Martin, o autor da saga, escreve lentamente. Quando a série começou, muitos tiveram medo da série alcançar o livro.
E, caros ponto e virgulinianos, é exatamente isso que vai acontecer.
Os showrunners anunciaram esse pequeno grande detalhe durante a seguinte entrevista.
Alerta: a entrevista dura uma hora e quinze minutos. Para nós, isso parece razoável, mas nem todos têm tempo disponível para gastar mais de uma hora de um dia útil para assistir atores e produtores falando de uma saga política que envolve dragões.
https://www.youtube.com/watch?v=TfvVluNxujc
A reportagem você lê aqui.
Houve muita especulação sobre o que iria acontecer. Muitos previam um "fim falso", aonde a série terminaria diferente do livro.
Mas, pelo jeito, a relação dos showrunners David Benioff e Dan Weiss e George R. R. Martin é uma de extrema confiança. Pois pelo que parece, nada disso de final falso. Agora, tanto os leitores quanto os não-leitores vão ter que assistir a série para saber quem é mãe de Jon Snow (apesar de que todos nós já sabemos).
http://gfycat.com/ShamelessConcreteBullmastiff
quinta-feira, 19 de março de 2015
Prepara: depois dos homens difíceis na TV, vem aí as mulheres poderosas.
O livro de Brett Martin é uma ótima leitura para quem quer entender um período que ele chama de Terceira Era de Ouro da TV americana. Entre outras coisas, o autor mostra como figuras de homens complicados foram essenciais para séries como Sopranos, The Wire, Breaking Bad, e por aí vai. Show runners e personagens expuseram a perplexidade e os conflitos do ser masculino diante do novo século que começava.
Mas parece que agora chegou a vez das mulheres. Séries como The Fall, The Killing, Orange is The New Black, Unbreakable Kimmy Schmidt, Orphan Black, trazem mulheres como protagonistas, todas abençoadas por Juliana Margulies, a Alicia Florrick, de The Good Wife. A tendência de retratar o universo feminino se apresenta cada vez com mais força na televisão, com mulheres no comando dentro e fora das telas.
Neste link você pode ler o artigo de Rafaela Ximenes sobre o assunto.
Neste outro, o autor faz um panorama da trajetória de algumas das mulheres mais marcantes das séries de TV. Com uma lembrança justa: Buffy, a caça-vampiros.
segunda-feira, 9 de março de 2015
HBO Lança HBO Now - uma nova forma de assistir o canal pela internet
A HBO, sempre inovadora, acaba de lançar um novo modelo de exibição de seu conteúdo, o HBO Now.
O serviço difere do já existente HBO Go, a plataforma online para aqueles que têm acesso ao canal mediante TV paga. A vantagem é que qualquer um, mesmo aqueles que não tem TV à cabo nos EUA, podem ter acesso ao conteúdo 'premium' do canal mediante assinatura.
O serviço ficará disponível, a princípio, na Apple TV.
Isso mostra como a forma que consumimos conteúdo mudou. Esse assunto, que já apareceu diversas vezes no blog, é muito interessante para nós, criadores de conteúdo. O que muda quando o consumidor ativamente procura o conteúdo, ao invés de aceitar, passivamente, o que a TV lhe exibe?
Essa pergunta demorará um tempo para ser respondida. Enquanto isso, confira mais detalhes sobre a notícia aqui.
O serviço difere do já existente HBO Go, a plataforma online para aqueles que têm acesso ao canal mediante TV paga. A vantagem é que qualquer um, mesmo aqueles que não tem TV à cabo nos EUA, podem ter acesso ao conteúdo 'premium' do canal mediante assinatura.
O serviço ficará disponível, a princípio, na Apple TV.
Isso mostra como a forma que consumimos conteúdo mudou. Esse assunto, que já apareceu diversas vezes no blog, é muito interessante para nós, criadores de conteúdo. O que muda quando o consumidor ativamente procura o conteúdo, ao invés de aceitar, passivamente, o que a TV lhe exibe?
Essa pergunta demorará um tempo para ser respondida. Enquanto isso, confira mais detalhes sobre a notícia aqui.
quarta-feira, 4 de março de 2015
Curso com Stan Lee e Michale Uslan sobre super-heróis e a cultura pop
A plataforma de cursos online edX vai promover, a partir do dia 05 de maio, um curso de 5 semanas sobre a influência que os super-heróis tem na cultura pop: The Rise of Super Heroes and Their Impact on Pop Culture. Ele será ministrado por Michael Uslan, David Uslan e Stan "the man" Lee.
Michael Uslan é o produtor dos filmes do Batman, além de ser o primeiro professor a inserir um curso sobre quadrinhos em uma universidade.
E quanto custa isso? Nada! O curso é gratuito, caso você não faça questão de um certificado.
Você só precisa fazer a inscrição na plataforma e pronto.
terça-feira, 3 de março de 2015
High Maintenance e conteúdo pago na Internet
Não há dúvida de que a forma como consumimos conteúdo vem mudando rapidamente - tão rapidamente quanto o avanço da tecnologia. A internet, como já discutimos várias vezes aqui no blog, democratizou a distribuição de novos conteúdos. Produtos audiovisuais que, muitas vezes não teriam outra forma de serem exibidos, acham, na web, uma forma barata para divulgar seu produto. O modelo também é vantajoso para o público que, muitas vezes, podem assistir a esses novos e ousados produtos gratuitamente.
O problema vem a seguir. Muitas vezes, essa distribuição não rende frutos financeiros necessários para a sobrevivência do próprio produto em questão. E aí surge a pergunta: como capitalizar esse novo conteúdo?
A webserie americana High Maintenance parece ser um bom estudo de caso.
A série, que acompanha um rapaz, interpretado pelo genial Ben Sinclair, que é um "entregador de maconha" (a palavra "traficante", por mais que seja tecnicamente correta, carrega um peso social que não cabe na dinâmica da série), que, a cada episódio, vai fazer a entrega de seus produtos para diferentes personagens de Nova Iorque.
A série é simples, realista, engraçada, triste, bem escrita e bem atuada. Não foi a toa que, instantaneamente, virou um queridinha da crítica (vale a leitura da crítica que saiu na respeitada New Yorker aqui) e do público. Mas logo se viu com um problema. Distribuída de graça pelo Vimeo, a série não estava conseguindo gerar receita o suficiente para se manter no ar.
A própria Vimeo, percebendo o potencial da série, e de olho na concorrência (Netflix, Amazon, Hulu), fez algo que nunca havia feito antes: bancou a produção de uma temporada de High Maintenance que, agora, passou a ser paga. Isso mesmo: agora é necessário comprar o passe para a temporada para assistir episódios novos.
Nasce, assim, o Vimeo On Demand.
A opinião de nós, da Ponto e Vírgula? Vale cada centavo.
Confira a série aqui:
https://vimeo.com/ondemand/highmaintenance
O problema vem a seguir. Muitas vezes, essa distribuição não rende frutos financeiros necessários para a sobrevivência do próprio produto em questão. E aí surge a pergunta: como capitalizar esse novo conteúdo?
A webserie americana High Maintenance parece ser um bom estudo de caso.
A série, que acompanha um rapaz, interpretado pelo genial Ben Sinclair, que é um "entregador de maconha" (a palavra "traficante", por mais que seja tecnicamente correta, carrega um peso social que não cabe na dinâmica da série), que, a cada episódio, vai fazer a entrega de seus produtos para diferentes personagens de Nova Iorque.
A série é simples, realista, engraçada, triste, bem escrita e bem atuada. Não foi a toa que, instantaneamente, virou um queridinha da crítica (vale a leitura da crítica que saiu na respeitada New Yorker aqui) e do público. Mas logo se viu com um problema. Distribuída de graça pelo Vimeo, a série não estava conseguindo gerar receita o suficiente para se manter no ar.
A própria Vimeo, percebendo o potencial da série, e de olho na concorrência (Netflix, Amazon, Hulu), fez algo que nunca havia feito antes: bancou a produção de uma temporada de High Maintenance que, agora, passou a ser paga. Isso mesmo: agora é necessário comprar o passe para a temporada para assistir episódios novos.
Nasce, assim, o Vimeo On Demand.
A opinião de nós, da Ponto e Vírgula? Vale cada centavo.
Confira a série aqui:
https://vimeo.com/ondemand/highmaintenance
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Modern Family faz um "selfie episode"
Esta semana foi ao ar nos EUA o episódio Connection Lost, da aclamada comédia Modern Family, filmado inteiramente com iPhones, iPads, e Macbooks. É a primeira vez que alguém faz isso na TV e o mais interessante é que, para além de ser uma mirabolice estética, havia uma justificativa narrativa para isso.
Durante o episódio, Claire está no aeroporto e se comunica com sua família através do Facetime além de rastrear sua filha Haley que desaparecera no dia anterior, enquanto faz compras e lê seus emails. O making of você pode assistir nesse vídeo abaixo do post.
Há cinco anos consecutivos ganhando o Emmy de melhor série de comédia, Modern Family mostra que, mesmo depois de 6 temporadas ainda tem muito para inovar. Para mim, foi a primeira série depois de The Office que soube utilizar o modelo de mockumentary.
O Netflix tem 4 temporadas. Vale a pena assistir.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Conteúdo, Tendência e Zeitgeist
Não é difícil percebermos padrões em filmes e séries de tv lançados na mesma época. Quem não lembra da fase "vampiros", com filme após filme - talvez o mais popular sendo os da série Crepúsculo - aparecendo nas telonas e nas telinhas?
É um fenômeno interessante, que faz nós nos perguntarmos: as séries de TV estão refletindo valores e demandas do público? Ou é a própria indústria do entretenimento que cria tendências? Talvez um pouco dos dois - o tal do zeitgeist, o espírito do tempo. Idéias flutuam no ar como ondas, às vezes vêm de dentro de nossas cabeças, mas às vezes as captamos como antenas. Essa reflexão Matthew-McConaugheysiana com vibes de True Detective foi só um preâmbulo muito pseudo-profundo para apresentar-lhes o seguinte!!!
Todo ano, o mercado do entretenimento aqui* dos EUA entra em frenesi. É a chamada "pilot season", a temporada aonde os canais encomendam (ou não) pilotos de séries que têm potencial para serem desenvolvidas. Esse não é o fim do processo: muitos pilotos produzidos - a maioria, na verdade- não vira série. Mas, por sermos produtores de conteúdo, achamos importantes pelas razões enumeradas acima (vide preâmbulo pseudo-profundo) estarmos de olho no que tem chamado a atenção dos tomadores de decisão.
Família, como vemos, está em alta. Séries cômicas de meia-hora centradas em família foram o grande destaque da temporada. Vale lembrar que Modern Family está em sua enésima temporada, e continua sendo um sucesso. A recém-lançada série Fresh Off The Boat, sobre uma família de asiáticos que se muda para os EUA, já é sucesso de público de de crítica.
Séries policiais não surpreendem, mas vale notar a popularidade de shows biográficos. Será que se trata do novo fenômeno de reciclagem de conteúdo, já visto nos cinemas, e já tratado aqui no blog?
É um fenômeno interessante, que faz nós nos perguntarmos: as séries de TV estão refletindo valores e demandas do público? Ou é a própria indústria do entretenimento que cria tendências? Talvez um pouco dos dois - o tal do zeitgeist, o espírito do tempo. Idéias flutuam no ar como ondas, às vezes vêm de dentro de nossas cabeças, mas às vezes as captamos como antenas. Essa reflexão Matthew-McConaugheysiana com vibes de True Detective foi só um preâmbulo muito pseudo-profundo para apresentar-lhes o seguinte!!!
Todo ano, o mercado do entretenimento aqui* dos EUA entra em frenesi. É a chamada "pilot season", a temporada aonde os canais encomendam (ou não) pilotos de séries que têm potencial para serem desenvolvidas. Esse não é o fim do processo: muitos pilotos produzidos - a maioria, na verdade- não vira série. Mas, por sermos produtores de conteúdo, achamos importantes pelas razões enumeradas acima (vide preâmbulo pseudo-profundo) estarmos de olho no que tem chamado a atenção dos tomadores de decisão.
Família, como vemos, está em alta. Séries cômicas de meia-hora centradas em família foram o grande destaque da temporada. Vale lembrar que Modern Family está em sua enésima temporada, e continua sendo um sucesso. A recém-lançada série Fresh Off The Boat, sobre uma família de asiáticos que se muda para os EUA, já é sucesso de público de de crítica.
Séries policiais não surpreendem, mas vale notar a popularidade de shows biográficos. Será que se trata do novo fenômeno de reciclagem de conteúdo, já visto nos cinemas, e já tratado aqui no blog?
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Academia Internacional do Cinema no Rio!
Em relação ao segundo, estamos vendo várias propostas interessantes sendo concretizadas. A mais nova delas é a abertura de um Academia Internacional do Cinema no Rio de Janeiro. A escola tem 10 anos de atividades e, depois de um breve período em Curitiba, mudou-se para SP. De lá para cá, já foram mais de 2000 filmes realizados pelos alunos.
A unidade do Rio de Janeiro está oferecendo diversos cursos, com diferentes durações. Existem várias opções para o setor de desenvolvimento, mas também tem de direção, direção de arte, produção. Enfim, se você está procurando se qualificar vale dar uma olhada.
E aproveitando para fazer uma campanha publicitária pessoal, a partir do dia 16 de março, vou estar ministrando o curso de Roteiro para TV. Essa primeira turma já está fechada, mas você pode se inscrever na lista de espera da próxima!
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